O PT e o Papa Francisco estão precisando conversar sobre o aborto
O PT defende claramente a
descriminalização do aborto, conforme resolução aprovada em 2007. Em 2009,
chegou a punir dois deputados, Luiz Bassuma e Henrique Afonso, por terem
“infringido a ética-partidária ao ‘militarem’ contra resolução do 3º Congresso
Nacional do PT a respeito da descriminalização do aborto”.
Dom Leonardo Ulrich Steiner,
secretário-geral e manda-chuva da CNBB, assumidamente de esquerda, acaba de
divulgar uma nota confirmando que recebeu o poste do ex-presidente e agora presidiário,
na manhã de hoje.
“A CNBB é uma instituição
aberta ao diálogo com pessoas e grupos da sociedade brasileira. É comum, em
período eleitoral, que candidatos de diversos partidos e grupos políticos
solicitem agenda e sejam recebidos, sem a presença da imprensa.”
Dom Leonardo, que, nos
bastidores, tem se incomodado com o avanço do que ele chama de
“conservadorismo” na Igreja, afirmou, ainda, que “o candidato não veio pedir
apoio e a CNBB não tem partido e nem candidato”.
E nesta quarta(10) o papa
Francisco comparou fazer um aborto a “contratar um matador de aluguel” para
eliminar uma pessoa problemática, em declaração que certamente será bem
recebida por católicos conservadores que acusaram o pontífice de não se
posicionar o bastante sobre tópicos da “guerra cultural”.
O aborto é uma batalha política
intensa em vários países, inclusive nos Estados Unidos, onde muitos conservadores
esperam que a Suprema Corte acabe revertendo o veredicto histórico de 1973
conhecido como Roe versus Wade, que legalizou o aborto.
Francisco fez os comentários
sobre o aborto, ao se dirigir a dezenas de milhares de pessoas reunidas na
Praça São Pedro para sua audiência geral semanal.
O papa denunciou o que chamou
de contradição de se permitir “a supressão da vida humana no ventre da mãe em
nome da salvaguarda de outros direitos”.
“Mas como um ato que suprime
uma vida inocente e impotente que está germinando pode ser terapêutico,
civilizado ou mesmo simplesmente humano?”, disse ele.
“Pergunto a vocês: é certo
‘tirar’ uma vida humana para resolver um problema? O que vocês pensam? É certo?
É certo ou não?”, indagou ele de improviso.
Muitos presentes gritaram
“Não”.
“É certo contratar um matador
de aluguel para resolver um problema? Você não pode, não é certo matar um ser
humano, não importa quão pequeno seja, para resolver um problema. É como
contratar um matador de aluguel para resolver um problema”, disse.
A Igreja Católica ensina que a
vida começa no momento da concepção e termina no momento da morte natural. Ela
também proíbe a eutanásia, mas diz que um familiar ou paciente pode decidir
parar de recorrer a meios extraordinários para manter uma pessoa vida.
Pouco depois de se tornar papa,
em março de 2013, Francisco pareceu minimizar a importância de temas da “guerra
cultural”, como o aborto, a contracepção e o casamento gay, dizendo em uma
entrevista que a Igreja se tornou “obcecada” por eles.
“Não é necessário falar sobre
estas questões o tempo todo”, afirmou ele na entrevista, acrescentando que a
posição da Igreja a respeito delas é muito clara e que esta também tem que
abordar questões sociais como a pobreza, a injustiça e a imigração.
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O PT defende claramente a descriminalização do aborto, conforme resolução aprovada em 2007. Em 2009, chegou a punir dois deputados, Luiz Bassuma e Henrique Afonso, por terem “infringido a ética-partidária ao ‘militarem’ contra resolução do 3º Congresso Nacional do PT a respeito da descriminalização do aborto”.
Dom Leonardo Ulrich Steiner, secretário-geral e manda-chuva da CNBB, assumidamente de esquerda, acaba de divulgar uma nota confirmando que recebeu o poste do ex-presidente e agora presidiário, na manhã de hoje.
“A CNBB é uma instituição aberta ao diálogo com pessoas e grupos da sociedade brasileira. É comum, em período eleitoral, que candidatos de diversos partidos e grupos políticos solicitem agenda e sejam recebidos, sem a presença da imprensa.”
Dom Leonardo, que, nos bastidores, tem se incomodado com o avanço do que ele chama de “conservadorismo” na Igreja, afirmou, ainda, que “o candidato não veio pedir apoio e a CNBB não tem partido e nem candidato”.
E nesta quarta(10) o papa Francisco comparou fazer um aborto a “contratar um matador de aluguel” para eliminar uma pessoa problemática, em declaração que certamente será bem recebida por católicos conservadores que acusaram o pontífice de não se posicionar o bastante sobre tópicos da “guerra cultural”.
O aborto é uma batalha política intensa em vários países, inclusive nos Estados Unidos, onde muitos conservadores esperam que a Suprema Corte acabe revertendo o veredicto histórico de 1973 conhecido como Roe versus Wade, que legalizou o aborto.
Francisco fez os comentários sobre o aborto, ao se dirigir a dezenas de milhares de pessoas reunidas na Praça São Pedro para sua audiência geral semanal.
O papa denunciou o que chamou de contradição de se permitir “a supressão da vida humana no ventre da mãe em nome da salvaguarda de outros direitos”.
“Mas como um ato que suprime uma vida inocente e impotente que está germinando pode ser terapêutico, civilizado ou mesmo simplesmente humano?”, disse ele.
“Pergunto a vocês: é certo ‘tirar’ uma vida humana para resolver um problema? O que vocês pensam? É certo? É certo ou não?”, indagou ele de improviso.
Muitos presentes gritaram “Não”.
“É certo contratar um matador de aluguel para resolver um problema? Você não pode, não é certo matar um ser humano, não importa quão pequeno seja, para resolver um problema. É como contratar um matador de aluguel para resolver um problema”, disse.
A Igreja Católica ensina que a vida começa no momento da concepção e termina no momento da morte natural. Ela também proíbe a eutanásia, mas diz que um familiar ou paciente pode decidir parar de recorrer a meios extraordinários para manter uma pessoa vida.
Pouco depois de se tornar papa, em março de 2013, Francisco pareceu minimizar a importância de temas da “guerra cultural”, como o aborto, a contracepção e o casamento gay, dizendo em uma entrevista que a Igreja se tornou “obcecada” por eles.
“Não é necessário falar sobre estas questões o tempo todo”, afirmou ele na entrevista, acrescentando que a posição da Igreja a respeito delas é muito clara e que esta também tem que abordar questões sociais como a pobreza, a injustiça e a imigração.